Cientistas chineses relataram ao Jornal da American Medical Association (Jama) Pediatrics que é possível, embora raro, que mulheres grávidas portadoras do novo coronavírus levem a infecção a seus bebês. A equipe acompanhou 33 gestantes de Wuhan, cidade onde a pandemia de covid-19 foi identificada. “As gestantes não fazem parte do grupo de risco, no entanto, os cuidados devem ser redobrados, principalmente nos últimos 3 meses, para evitar o risco de prematuridade”, alerta o especialista cearense em medicina reprodutiva assistida, Doutor Fábio Eugênio.
Os cientistas escreveram em seu relato ao jornal americano, que procedimentos rígidos de controle e prevenção foram implementados durante o parto, e é provável que as fontes de sars-cov-2, nome técnico do vírus, nas vias respiratórias dos recém-nascidos ou no ânus, sejam de origem materna. Outro fato, que merece atenção é que as três crianças infectadas nasceram de cesariana, pois as mães tiveram pneumonia associada ao novo coronavírus. O relato ao jornal foi apresentado no último dia 26.
Para o especialista, diante da pandemia do novo coronavírus, é imprescindível que as grávidas se mantenham em vigilância constante e sigam todo o protocolo de higiene e proteção recomendada pelos órgãos oficiais de saúde. “Como se trata de um novo vírus, ainda não se tem estudos suficientes que demonstrem todas as implicações negativas para as grávidas e bebês. O acompanhamento deve ser constante, e o médico deve orientar, se observar necessário, que a lactante realize o desmame, em prol da segurança do bebê”, informa Eugênio.
Para as tentantes, o médico especialista em reprodução assistida, aconselha esperar mais um pouco, até que a pandemia cesse para engravidar. “O congelamento dos óvulos se apresenta como uma ótima opção, assim, a mulher garante o congelamento dos seu óvulos, ou o do sêmen de seus parceiros, ou na maioria dos casos, os dois procedimentos”, explica.
Fonte – extraída do jornal O Estado CE
