Para nós, especialistas que lidamos com a Reprodução Humana, é muito impactante ver o sofrimento de casais que não conseguem engravidar. Queremos trazer uma palavra de conforto a estas mulheres e homens: a medicina avançou muito no campo da infertilidade e a enorme maioria dos problemas hoje em dia encontra solução na especialidade da Reprodução Humana. Fundamental ainda é alertar, orientar às futuras mamães sobre ações atuais que podem ajudar a preservar sua fertilidade agora e futuramente.
Em primeiro lugar, valem as orientações gerais de qualquer especialidade médica. Manter hábitos de vida saudáveis é indispensável. Por outro lado, nada da “ditadura da magreza”. Corpos muito magros, com o “tal” do índice de massa corporal (IMC) abaixo do normal, podem levar a alterações importantes na produção dos hormônios sexuais e gonadotrofinas – que controlam a produção de óvulos – e também repercutir negativamente na fertilidade.
As drogas ditas “lícitas” também devem despertar a atenção nas futuras mamães. A nicotina e várias outras substâncias maléficas presentes no cigarro podem comprometer tanto a fertilidade feminina como a masculina. Além disso, fumar durante a gravidez traz uma série de prejuízos ao feto: redução de crescimento intra-uterino, prematuridade e até óbito intra-útero. Quanto ao álcool, em pequenas doses, não interfere na fertilidade. O uso moderado ou acentuado de bebidas alcoólicas é prejudicial e deve ser evitado.
Quanto às doenças ginecológicas que possam comprometer o futuro reprodutivo, o alerta principal é em relação às doenças sexualmente transmissíveis, conhecidas por DST. Estas são adquiridas quase sempre pelas relações sexuais desprotegidas (sem preservativo) com parceiros infectados. Algumas destas doenças, principalmente as que envolvem infecção direta ou associada com uma bactéria chamada Clamídia, podem levar a inflamações nas tubas uterinas – canais que ligam o ovário ao útero – e são responsáveis pela fase inicial da reprodução. Portanto, fazer sexo com proteção através do preservativo é se prevenir, também, de surpresas desagradáveis no futuro em relação à fertilidade.
Outras doenças ginecológicas também podem levar ao comprometimento da função reprodutiva. Estas podem ser diagnosticadas geralmente pela consulta anual ou semestral que você, mulher, faz ao seu ginecologista.
São sinais de alerta
O ginecologista é seu grande amigo na jornada para tornar seus anos reprodutivos ainda mais férteis.