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Gravidez gemelar e a relação com a FIV

11 de janeiro de 2021
Gravidez gemelar e a relação com a FIV

No Brasil, a incidência de gestações gemelares ou múltiplas é maior em mulheres que passam pela fertilização in vitro (cerca de 42%) do que em concepções totalmente naturais (de 1% a 5%). Isso acontece porque, para aumentar a possibilidade de gravidez, em alguns casos são introduzidos no útero da paciente mais de um embrião, durante a FIV, e quanto maior a presença de embriões, maior a possibilidade de ocorrer a nidação de mais de um deles.

Normalmente, grávidas de mais de um bebê têm maiores chances de desenvolver problemas durante a gestação, como pressão alta e diabetes, e no parto, como nascimento prematuro e eclâmpsia. O risco aumenta de acordo com o número de bebês. Além disso, por necessitarem crescer e se alimentar, os gêmeos não conseguem se desenvolver adequadamente, o que pode levá-los a vários problemas gestacionais.

Entendendo a gestação gemelar

Existem três tipos de gravidez gemelar. A monocoriônica monoamniótica é quando há apenas uma placenta e uma bolsa amniótica, gerando gêmeos univitelinos; a monocoriônica diamniótica e quando existe uma placenta, mas duas bolsas amnióticas, gerando também gêmeos univitelinos; e a dicoriônica diamniótica, com duas placentas, duas bolsas amnióticas e que gera gêmeos bivitelinos.

Essas definições dependem da divisão dos embriões: se ele se divide do mesmo óvulo e gera gêmeos univitelinos, com os mesmos sexos e material genético ou se ele se multiplica de óvulos diferentes e gera os bivitelinos, que podem, até mesmo, ter sexos diferentes.

É possível evitar uma gravidez gemelar ou múltipla ao fazer uma FIV?

Sim, essa possibilidade existe se for reduzida a quantidade de embriões implantados na paciente. A ANVISA determina que se a mulher tem até 35 anos, o máximo de embriões permitidos para implantação são dois; para mulheres entre 36 e 40 anos, o número aumenta para três; pacientes acima dos 40 podem receber até quatro embriões.

Porém, com o aumento da chance de sucesso na FIV que tem ocorrido nos últimos anos, é muito comum hoje que se faça a transferência de apenas um embrião por tentativa, principalmente se for um blastocisto (embrião mais robusto) de excelente qualidade.

Cada caso precisa ser analisado de perto pelo médico responsável, que acompanhará a paciente e/ou o casal e direcioná-los para a melhor conduta com a fertilização in vitro.

2 Comentários para “Gravidez gemelar e a relação com a FIV”

  1. Janiele disse:

    Olá Dr,
    Meu nome é janiele tenho 31 anos
    Já realizei três cesárias a primeira a 15 anos e a última a 7 anos, quando realizei laqueadura
    Gostaria muito de ter outro filho é possível fazer Inseminação IV ?

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