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Amenorreia secundária: saiba o que é e como não confundir com gravidez

23 de junho de 2020

Um dos primeiros sinais que muitas mulheres observam para uma possível gravidez é a ausência da menstruação por um longo período. Porém, nem sempre este sintoma simboliza a chegada da cegonha. O ciclo menstrual dura, geralmente, 28 dias e possui três fases (folicular, ovulatória e lútea) controladas pelos hormônios Estradiol, LH, FSH e progesterona. Cada mulher apresenta intervalos diferentes, podendo ser de 25 a 35 dias de duração, mas é importante que sejam observadosos intervalos muito pequenos ou muito grandes. Isto pode ser um indício de algum problema de saúde.

Mulheres que têm um ciclo menstrual regulado e estão sem menstruar a 3 meses consecutivos, ou 6 meses consecutivos para as que possuem um ciclo desregulado, damos o nome de Amenorreia. “Trata-se de um distúrbio no ciclo menstrual relativamente comum, atingindo cerca de 5% das mulheres. Nas jovens de 14 a 16 anos que ainda não menstruaram, chamamos de amenorreia primária. Para as mulheres mais velhas que já tiveram a sua menstruação chamamos de amenorreia secundária”, explica o especialista em reprodução humana, Dr. Fábio Eugênio.

A amenorreia primeira está ligada a causas anatômicas ou hormonais. Nestes casos a mulher pode apresentar ausência do trato genital ou de parte dele ou o útero pode estar com alguma obstrução à saída do fluxo menstrual. Já no que diz respeito os hormônios, a adolescente pode estar passando por uma fase tardia da puberdade ou ter alterações nos hormônios da hipófise, hipotálamo e outros centros de comando do organismo.

A amenorreia secundária pode ser causada por uma gravidez, menopausa, síndrome do ovário policístico, obesidade ou desnutrição, estresse, amamentação, alterações na tireoide e uso de medicamentos, como alguns corticosteroides, antidepressivos e quimioterápicos.

Quando se está em idade fértil e a mulher teve relações sexuais sem proteção, a ausência da menstruação pode acender o letreiro de uma gravidez. Por isso, é importante que seja realizado um exame laboratorial para medir os níveis de beta-hcg, hormônio produzido durante a gestação. Caso o resultado seja negativo é preciso investigar as causas do problema.

O médico especialista irá fazer um levantamento completo do histórico clínico da paciente, um minucioso exame físico e ginecológico para as pacientes que não forem mais virgens e exames de caracteres externos para as que forem virgens. Os exames irão servir para avaliar o desenvolvimento do corpo da paciente, além de outros aspectos. Depois da consulta o médico vai indicar se serão necessários exames de imagem e laboratório, como ultrassom pélvico, teste de gravidez, tireoide, prolactina.

Segundo dr. Fábio Eugênio, o tratamento irá depender da causa da amenorreia. Cada abordagem é muito específica, por isso é importante que a ausência prolongada da menstruação não seja tratada como algo comum. Apenas o profissional da saúde poderá apontar o problema e como solucioná-lo.

O cuidado com a saúde, de forma geral, deve ser um compromisso rotineiro. Ao sinal de qualquer problema, o médico poderá intervir de forma mais eficaz quando diagnosticado precocemente. Por isso, a busca por uma especialista em ginecologia é fundamental na promoção da saúde da mulher.

Quer saber mais sobre saúde da mulher, reprodução assistida, fertilidade e outros métodos relacionados? Acesse nosso blog e boa leitura!

 

3 Comentários para “Amenorreia secundária: saiba o que é e como não confundir com gravidez”

  1. Curso Online disse:

    Sou a Marina Almeida, gostei muito do seu artigo tem
    muito conteúdo de valor parabéns nota 10 gostei muito.

  2. A amenorréia de 5 meses consecutivos significa que em 6 meses ou 7 a menstruação pode vim??????

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