Você já ouviu falar em pré-eclâmpsia? A pré-eclâmpsia é uma doença que ocorre apenas durante a gravidez ou no período pós-parto, podendo deixar sequelas e causar risco de vida tanto para a mãe quanto para o bebê. A principal característica dela é a pressão arterial elevada e a presença de proteína na urina.
Os sintomas costumam se apresentar a partir da 20ª semana de gestação, ou seja, no último trimestre. Entre eles, estão o inchaço, principalmente nos membros inferiores (pernas e pés), ganho de peso repentino, dores de cabeça e no estômago, além de alterações na visão, tudo isto associado ao aumento da pressão. Porém, há casos em que o avanço é bem rápido e as mulheres apresentam poucos sintomas. Daí, mais uma vez, a importância do acompanhamento criterioso no pré-natal para o diagnóstico precoce. Quem tem diabetes, sofre de obesidade, Lúpus, teve a primeira gestação antes dos 18 anos ou depois dos 35, deve redobrar os cuidados.
A pré-eclampsia pode atingir até 10% das mulheres grávidas e é a principal causa de morte materna no Brasil. Segundo a Organização Mundial de Saúde, ela é responsável por 18% das mortes de gestantes e 80 mil nascimentos prematuros. A evolução da doença pode causar convulsão, sangramento vaginal e levar a mãe ao coma. No caso das crianças, a pré-eclâmpsia está associada à prematuridade, incidência de paralisia cerebral e retardo mental.
Já na suspeita da doença, a grávida deve procurar o ginecologista-obstetra que vem acompanhando a gestação, buscar repouso, diminuir o sal na dieta e medir a pressão arterial com frequência. Em casos mais graves, o médico poderá indicar remédios para o controle da pressão e até anticonvulsivantes para evitar a precipitação do parto.