Este questionamento gera muita curiosidade e é preciso discutir diversos aspectos para chegar a na resposta final.
Sempre chama a atenção e desperta a curiosidade das pessoas assuntos relacionados a genética e as técnicas de reprodução assistida. É possível manipular o DNA de um feto a partir desses métodos? Posso evitar que meu filho não tenha doenças relacionadas a algum fator genético que a hereditariedade passe para ele? São questões que intrigam milhares de pessoas e é comum que muitos médicos especialistas em medicina reprodutiva tenham que constantemente responder perguntas como essas.
Tudo isso é movido a um propósito, inquestionavelmente: posso evitar que meu filho sofra com alguma doença no futuro? A resposta não é tão simples. Podemos concluir que é possível sim, mas é preciso analisar vários aspectos éticos, que envolvem o bom senso, que não gerem impactos em outros procedimentos médicos, entre várias questões que precisam ser colocadas na balança.
A discussão pode ficar menos enviesada e mais humanitária quando falamos em relação a medidas preventivas a favor da vida, como a prevenção a doenças genéticas raras que ainda não possuem cura, ou alterações cromossômicas incompatíveis com a vida. Podemos imaginar que podemos salvar a vida de uma pessoa por um procedimento que elimina a chance da enfermidade ser transmitida pelo gene da mãe ou do pai. Neste caso, a ciência aceita que é lícito lançar mão de procedimentos de detecção precoce destas alterações no embrião – o diagnóstico pré-implantacional PGD).
Quando levamos a discussão a um ponto que se busca muito mais gerar um ser humano “perfeito” ou “montado”, aí sim estaremos de fato ferindo diversos preceitos éticos da sociedade e dentro da medicina. Esta prerrogativa já foi discutida e muitas pessoas até hoje desejam escolher a cor do olho, cor do cabelo, o sexo, que seja imune ao câncer, entre outras enfermidades. Além de não haver precisão nas técnicas para determinar resultados como estes no embrião gerado, isto sim interfere na naturalidade humana, e é repudiado pela grande maioria dos centros mundiais de reprodução assistida.
O que hoje de fato é utilizado e é permitido como tentativa de evitar as doenças embrionárias são procedimentos como a seleção de embriões através de estudos de doenças genéticas. O principal objetivo é evitar que essas patologias fossem transmitidas aos filhos antes da implantação dos embriões no útero.
Pessoas que desconfiam de adversidades genéticas devido à idade materna, recorrências familiares ou conjugação consanguínea podem realizar exames genéticos no embrião capazes de detectar doenças no feto. Já detalhamos todo este processo em outro texto aqui do blog. Para ter acesso, basta clicar aqui.
Mesmo em casos de pais e mães saudáveis, o risco de anomalia genética do herdeiro ainda assim é possível. Isso ocorre porque todos os indivíduos carregam uma certa quantidade de mutações no DNA que, quando combinadas com a de outra pessoa, pode ocasionar doenças em um bebê. Também detalhamos todo o método e no que ele consiste, clique aqui e tenha acesso ao conteúdo.
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