À primeira vista, existe sim uma relação entre os dois, mas não em todos os casos. Somente quando o nível de prolactina está acima do normal no organismo. Por consequência, a hiperprolactinemia (subfertilidade) é umas das consequências. Ou seja, somente o excesso de prolactina no organismo gera a infertilidade.
A prolactina, na mulher, é o hormônio do leite humano, que, quando se encontra em alta dosagem no sangue, pode trazer diversas consequências à saúde causando até infertilidade. Esse problema é chamado de hiperprolactinemia.
A prolactina é produzida pela glândula hipófise, e é conhecida também como hormônio do leite, sendo fundamental para o desenvolvimento das glândulas mamárias, e, consequentemente, também para o aleitamento. Fora da gestação, o papel da prolactina se limita ao controle dos outros hormônios da mulher. Enfim, o hormônio está envolvido na regulação da menstruação e da ovulação.
Um dos sintomas do problema (hiperprolactinemia) é a saída involuntária de leite das mamas. Alteração na menstruação também pode acontecer nesses casos. Entretanto, a hiperprolactinemia pode ocorrer mesmo que não haja alteração do ciclo menstrual.
Quando a concentração elevada de prolactina no sangue interfere no funcionamento dos ovários em uma mulher, a secreção de estradiol – o principal tipo de estrógeno – diminui consideravelmente. Do mesmo modo, os sintomas são: períodos menstruais irregulares ou ausentes, anovulação, infertilidade, e com o passar do tempo, osteoporose.
O problema pode estar relacionado ao uso de alguns medicamentos, como a risperidona (que é um antipsicótico), ou até remédios de uso mais comum, como a cimetidina (antiácido), e a metildopa (anti-hipertensivo), por exemplo.
Outras causas: excesso de estímulo às mamas ou estresse.
O valor normal de prolactina é de até 20-30 ng/mL (nanogramas por mililitro) no sangue. Quando essa quantidade é ultrapassada, detecta-se o quadro de hiperprolactinemia. Quando as taxas são superiores a 100 ng/mL os especialistas podem identificar um tumor benigno secretor de prolactina, o chamado adenoma.
Assim, se a prolactina no sangue for normalizada, os efeitos do problema são revertidos. Nas mulheres em idade fértil, retorna a função ovariana, os períodos menstruais e a fertilidade.
No tratamento de casos mais graves, caso haja aumento novamente nos níveis de prolactina, a medicação deve ser retomada. E deve-se considerar a possibilidade de cirurgia para retirada do adenoma caso haja tumor de hipófise.
Não. O problema pode afetar os dois sexos. A prolactina no homem possui outras funções, como relaxar o corpo após o prazer sexual. Dessa forma, os valores normais da prolactina no homem variam entre 2 e 17,7,ng/ml. O aumento dos níveis do hormônio em qualquer fase da vida para homens é um grande alerta. O aumento da prolactina inibe os hormônios que estimulam as glândulas sexuais (testículos e ovários) e pode cursar também disfunções sexuais. A queda da libido e da fertilidade atinge os dois sexos.
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