Atualmente, as mulheres que iniciarão um tratamento de câncer e que desejam aumentar a família após o tratamento necessário, podem preservar a sua fertilidade através de técnicas avançadas de reprodução assistida como o congelamento de seus óvulos. O procedimento é indicado nesses casos já que alguns órgãos podem mostrar-se danificados após o tratamento — inclusive os do sistema reprodutor.
A quimioterapia ou a radioterapia são capazes de causar danos irreparáveis aos óvulos, diminuindo a possibilidade de engravidar pela redução do número de folículos. Nesse momento, deve-se contar com a ciência e a tecnologia a seu favor, pois hoje, com os modernos tratamentos, as avançadas técnicas de conservação e a preservação dos óvulos (vitrificação), o desejo de tornar-se mãe está bem mais fácil.
Antes do tratamento contra a doença, é necessário procurar um especialista em reprodução humana que ajudará na realização desse processo. Para as pacientes que precisam iniciar o tratamento oncológico com urgência, a coleta de óvulos pode ser feita em um curto período, 10 a 12 dias, sem que haja prejuízo ao tratamento imediato do câncer
O procedimento leva de 10 a 12 dias para ser realizado e não é necessário aguardar pelo próximo ciclo menstrual, como era preciso anteriormente. Durante esse período, ocorre a estimulação ovariana, coleta e vitrificação dos óvulos – congelamento rápido em nitrogênio líquido à baixíssima temperatura. Em casos de mulheres casadas, o congelamento de embriões também pode ser realizado. Os óvulos podem ser criopreservados por tempo indeterminado. Atualmente, as taxas de sobrevivência ao descongelamento aproximam-se a 90% com as técnicas de vitrificação. Este procedimento também é muito bem recomendado para mulheres solteiras, já que a etapa de fertilização com espermatozoides não precisa ser realizada.
