Adiar a gravidez tem sido bastante comum nos tempos atuais. Isto acontece por diversos motivos como estabilidade financeira, o desejo da casa própria, complementação dos estudos e outros. Entretanto, quando se planeja ter um filho no futuro é necessário levar em consideração alguns fatores, dentre eles a reserva ovariana.
As mulheres nascem com uma quantidade limitada de óvulos, cerca de 1 milhão e, diferente do que ocorre com os homens, não há produção de novos gametas ao longo da vida. Os óvulos amadurecem e são liberados em levas no período menstrual, portanto a cada ciclo o estoque vai diminuindo. Esta redução é natural e não pode ser impedida, por isso, com o avanço da idade, as chances de gravidez caem consideravelmente.
Saber como anda a reserva de óvulos é fundamental para as mamães que planejam uma gestação no futuro. A avaliação ovariana pode ser feita pode meio de três exames simples:
Este é um exame de imagem que deve ser feito nos primeiros dias do ciclo menstrual. Por meio da visualização dos ovários, o especialista consegue calcular quantos folículos a mulher possui naquele mês. Neste exame se realiza a contagem dos folículos antrais (que guardam os óvulos).
Trata-se de um exame simples de sangue feito entre o segundo e terceiro dia da menstruação. Ele mede o hormônio folículo-estimulante, o indutor natural do ovário. O valor baixo indica que o ovário está com melhor reserva.
É um exame de sangue mais moderno que mede o hormônio responsável por controlar o desenvolvimento dos folículos. Quanto menor a dosagem, menor a quantidade óvulos. Atualmente é um dos melhores marcadores de reserva ovariana. Através dele, também é possível identificar se a dificuldade de engravidar da paciente é oriunda de uma menopausa precoce.
O ginecologista e especialista em reprodução humana, dr. Fábio Eugênio, esclarece uma importante questão quando se fala em reserva ovariana. “Já é cientificamente comprovado pela medicina que entre a primeira menstruação e os 30 anos, a fertilidade das mulheres mantém-se praticamente inalterada. Dos 30 aos 35 anos começa uma queda moderada, e após os 35 se tem uma redução acentuada e quase não há mais estoque de óvulos. É preciso considerar que os últimos óvulos a serem liberados podem apresentar mutações genéticas, aumentando o risco de acontecer má formação do embrião, síndromes e abortos espontâneos”. Por isso, planejamento e acompanhamento de um especialista são fundamentais para garantir a saúde e bem estar do bebê e da futura mamãe.
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