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Uso excessivo de celular pode levar à infertilidade masculina

16 de abril de 2010
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Em 2007, uma pesquisa divulgada na revista “Reproductive Biomedicine Online” pelo cientista Ashok Agarwal, da Cleveland Clinic, publicou que o uso de telefones celulares em excesso pode levar à infertilidade masculina. O estudo analisou os efeitos das ondas de radio dos celulares nos componentes do sêmen.

Segundo a pesquisa, o uso de celulares em excesso ou o hábito de mantê-lo junto ao cós da calça, próximo à genitália masculina, estaria associado às alterações nos espermatozoides. Este dano seria decorrente da elevação da temperatura que esses tipos de ondas eletromagnéticas poderiam causar ao nível do testículo, afetando, assim, a produção e função dos espermatozoides.

Um outro estudo do mesmo pesquisador, em 2006, divulgou que as ondas emitidas por telefones celulares podem diminuir a quantidade, mobilidade e qualidade do esperma em quase 50%. O limite de espermatozoides para a infertilidade é de 20 milhões por mililitro, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), e a pesquisa mostrou que homens que usavam telefone celular por um período de em média 4 horas por dia tinham cerca de 50 milhões, sendo consideradas quantidades normais em torno de 86 milhões de espermatozóides por mililitro.

Porém, o próprio idealizador da pesquisa sabe que os estudos precisam ser mais aprofundados, mas acredita que o número de casos de infertilidade masculina, que cresce a cada dia e em escala mundial, tem mesmo como uma das causas o uso de celular.

COMENTÁRIO DO ESPECIALISTA

Historicamente, os estudos científicos têm mostrado uma queda da qualidade do sêmen de um modo geral ao longo dos anos. Certamente, isto decorre de vários fatores deletérios cumulativos sobre a qualidade seminal, sendo um fator as ondas eletromagnéticas e radiações (de celulares e outros aparelhos modernos), e ainda substâncias químicas presentes nos alimentos (hormônios, conservantes, pesticidas etc), a nicotina dos cigarros, e os hábitos de vida pouco saudáveis (alimentação com excesso de gorduras saturadas, sedentarismo).

O prof. Agarwal é um dos mais respeitados especialistas no mundo em Reprodução Humana e infertilidade masculina, com seus estudos no Glickman Urological Center em Cleveland – EUA. Inclusive, nos deu o prazer de proferir a conferência de abertura do I Simpósio Internacional da BIOS realizado em Fortaleza. Suas pesquisas merecem toda credibilidade, mas como ele próprio ressalta, mais estudos são necessários para definir exatamente em que grau as ondas de transmissão dos aparelhos celulares podem comprometer a qualidade seminal. Por enquanto, a recomendação que dou é usar, como sempre, o bom senso: uso racional deste aparelho – o celular. Cabe, então, uma reflexão sobre nossa (também me incluo aqui) quase dependência/escravidão em relação ao telefone celular. É indiscutível que, por comodidade e impaciência, usamos de uma maneira desmedida este aparelho. É certo que nenhuma pesquisa científica relacionou de maneira inequívoca o uso excessivo de celular a doenças graves ou incuráveis, mas não custa nada moderar nossos hábitos em relação a este uso, sendo bom inclusive para saúde do nosso bolso.

Infertilidade masculina

Estima-se que entre 30 e 40% dos casais com dificuldades para ter filhos, a infertilidade está no homem, e um em cada seis casais tem esse problema. A infertilidade masculina está ligada à diminuição do número de espermatozoides, pouca mobilidade, espermatozoides anormais, ausência da produção de espermatozoides, vasectomia, dificuldades na relação sexual, entre outros.

Tratamento

Hoje em dia a maioria dos casos de infertilidade masculina pode ser resolvida graças aos avanços da tecnologia. Inseminação artificial, fertilização in vitro ou “bebê de proveta”, em ambas as técnicas os procedimentos laboratoriais aumentam a possibilidade de fecundação. No caso da inseminação, o sêmen é colocado no útero da mulher quando ela está em período fértil e na fertilização in vitro, o óvulo é fecundado em laboratório para formação do embrião e só depois implantado no útero.

Diferencial

Tais tratamentos na Clínica BIOS são realizados com o diferencial do aparelho Super ICSI – sigla em inglês para Injeção Intra-Citoplasmática de Espermatozoide. Enquanto outros equipamentos ampliam o espermatozoide em até 400 vezes, o Super ICSI amplia a célula em até oito mil vezes, possibilitando uma melhor seleção dos espermatozoides a serem utilizados nos tratamentos. A clínica onde os médicos atuam foi a segunda no país a dispor desse aparelho, que é único no Norte/Nordeste.

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