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Preservação da fertilidade em homens com câncer

20 de outubro de 2010

Até pouco tempo, o diagnóstico de câncer era visto pelos pacientes, e mesmo pelos médicos, como uma “quase” sentença de morte. Já hoje em dia, a maioria dos cânceres pode ser diagnosticada em fases iniciais, e principalmente, podem ser efetivamente tratados, preservando assim a vida dos pacientes. A terapia do câncer evoluiu para a tentativa plausível de preservar, inclusive, a qualidade de vida dos pacientes.

Portanto, é natural que a preocupação com o futuro reprodutivo desses pacientes tratados de câncer seja uma questão cada vez mais presente. Esta preocupação cresceu em paralelo com o avanço que a Medicina Reprodutiva está alcançando nos últimos anos. Técnicas como fertilização in-vitroinjeção intracitoplasmática de espermatozoidescriopreservação de embriões humanos, sêmen e óvulos, e, mais recentemente, criopreservação de tecido gonadal (testicular e ovariano) tem sido muito eficazes napreservação da fertilidade de pacientes com câncer. Hoje e na próxima postagem, vamos conversar sobre a relação que existe entre fertilidade e câncer.

Nos pacientes do sexo masculino que já passaram pelo processo de puberdade, ou seja, já possuem espermatozoides maduros nos testículos, está comprovada a eficácia da criopreservação (congelamento biológico) de amostras de sêmen ejaculado antes do tratamento do câncer. Este sêmen pode, com consideráveis taxas de sucesso, ser utilizado futuramente para tratamento de reprodução assistida(inseminação intra-uterina ou fertilização in-vitro) possibilitando a paternidade a este homem.

Se o paciente, no entanto, for uma criança, cuja puberdade ainda não foi iniciada, o tratamento precisa ter maior atenção. O fato é que as opções de tentativa de preservação da fertilidade ainda são consideradas experimentais para essa faixa etária. Entre as opções de tratamento que estão sendo aplicadas, destaca-se a criopreservação de tecido testicular para a realização de um futuro transplante, depois de completado o tratamento da doença.

Na próxima postagem, saiba como esses processos funcionam para as mulheres.

 

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